Entender as siglas de logística de importação é um passo essencial para qualquer empresa que queira operar com mais segurança e previsibilidade no comércio exterior.
Esses códigos e abreviações fazem parte da rotina de quem importa e estão presentes nos documentos, sistemas e na comunicação com agentes de carga, despachantes, portos e aeroportos.
Ignorar o significado de uma sigla pode gerar atrasos, erros fiscais ou até mesmo multas.
Por isso, neste guia, você confere as principais siglas usadas no dia a dia das importações e como interpretá-las sem complicação. Continue lendo!
Siglas de logística de importações: Quais são as principais?
As siglas fazem parte da rotina de quem importa ou exporta. Elas estão nos documentos, nos sistemas, nas trocas com despachantes, armadores e transportadoras.
Por isso, entender o que cada uma significa é fundamental para tomar decisões com mais segurança e evitar erros operacionais ou fiscais. Confira algumas das principais:
AFRMM (Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante)
É um tributo federal cobrado sobre o valor do frete nas importações por via marítima. O objetivo é financiar a modernização da frota nacional.
Ele aparece destacado na fatura de frete e é calculado com base em um percentual (geralmente 25%) sobre o valor do frete internacional.
ALADI (Associação Latino-Americana de Integração)
Bloco econômico que facilita o comércio entre países da América Latina. Participar da ALADI permite que produtos importados entre membros se beneficiem de tarifas reduzidas ou isenções tributárias, desde que atendam aos requisitos de origem.
AWB (Air Waybill ou Conhecimento Aéreo de Embarque)
É o documento que comprova o embarque de mercadorias por transporte aéreo. Ele contém informações do remetente, destinatário, rota, conteúdo e condições do frete. Não é um título de posse, ao contrário do BL (marítimo).
BL (Bill of Lading ou Conhecimento de Embarque)
Documento essencial no transporte marítimo. Serve como contrato de transporte, recibo de carga e título de posse. O BL pode ser negociável, o que significa que pode ser transferido a terceiros e por isso, exige cuidado no manuseio.
CFR (Cost and Freight)
Incoterm que indica que o vendedor paga os custos e o frete até o porto de destino, mas o risco da carga passa ao comprador no momento do embarque. Não inclui seguro.
CIF (Cost, Insurance and Freight)
Semelhante ao CFR, mas com uma diferença: o vendedor também é responsável por contratar o seguro da carga até o destino. É um dos Incoterms mais usados em importações brasileiras.
CIP (Carriage and Insurance Paid To)
Incoterm utilizado para qualquer tipo de transporte. O vendedor arca com os custos de transporte e seguro até o local combinado.
A responsabilidade sobre riscos passa ao comprador no momento em que a carga é entregue ao transportador.
CPT (Carriage Paid To)
O vendedor paga o transporte até o local acordado, mas o risco da mercadoria é transferido ao comprador assim que é entregue ao primeiro transportador. Diferente do CIP, não inclui seguro.
DAP (Delivered At Place)

O vendedor entrega a mercadoria no destino combinado (por exemplo, no armazém do comprador), com todos os custos pagos, exceto impostos e taxas de importação, que ficam a cargo do comprador.
DDP (Delivered Duty Paid)
É o Incoterm mais completo para o comprador: o vendedor assume todos os custos e riscos, incluindo impostos e desembaraço aduaneiro. A carga chega pronta para uso, sem burocracia para o importador.
DPU (Delivered at Place Unloaded)
Neste caso, o vendedor entrega a mercadoria já descarregada no destino. É o único Incoterm em que o vendedor é responsável pela descarga. O comprador cuida apenas dos trâmites de importação.
DUIMP (Declaração Única de Importação)
Documento eletrônico que integra dados fiscais, aduaneiros e administrativos. É parte do processo de modernização do comércio exterior brasileiro e será o padrão substituto da DI e da LI. Utilizado dentro do sistema Portal Único Siscomex.
ETA (Estimated Time of Arrival)
Previsão de chegada da carga ao porto ou aeroporto de destino. É usada para planejar desembaraço aduaneiro, armazenagem, transporte interno e recebimento.
ETS (Estimated Time of Shipment)
Indica a data prevista de embarque da mercadoria no local de origem. É essencial para acompanhar prazos contratuais e alinhar cronogramas de produção e entrega.
EWX (Ex Works)
Termo que indica que o vendedor disponibiliza a mercadoria na sua própria fábrica ou armazém, e toda a responsabilidade (frete, seguro, desembaraço, etc.) é do comprador. É o Incoterm com menos obrigações para o exportador.
FAS (Free Alongside Ship)
O vendedor entrega a carga ao lado do navio no porto de embarque. A partir daí, o comprador assume os riscos e custos. Pouco utilizado hoje, mas importante em negociações específicas com navios fretados.
FCA (Free Carrier)
Indica que o vendedor entrega a mercadoria ao transportador nomeado pelo comprador, em local acordado. Serve tanto para transporte marítimo quanto multimodal.
FOB (Free On Board)
Talvez o Incoterm mais conhecido. O vendedor entrega a mercadoria a bordo do navio no porto de origem. O comprador assume os riscos a partir desse momento. Muito usado em contratos com frete separado.
GR (Guia de Recolhimento)
Documento que comprova o pagamento de tributos ou encargos vinculados à operação de importação, como ICMS, AFRMM, taxas portuárias, entre outros.
HAWB (House Airway Bill)
É uma subdivisão do AWB, utilizada quando uma carga aérea é consolidada por um agente de carga.
O HAWB representa cada embarcador individual dentro de um embarque maior. Essencial para cargas fracionadas.
ICC (International Chamber of Commerce)
A Câmara de Comércio Internacional é a entidade responsável pela padronização de regras internacionais de comércio, incluindo os Incoterms. Ela atua também como árbitra em disputas comerciais.
ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)
Tributo estadual cobrado na entrada de mercadorias importadas. Sua alíquota varia conforme o estado e é aplicada na base de cálculo do desembaraço aduaneiro.
II (Imposto de Importação)
Tributo federal aplicado sobre produtos estrangeiros que ingressam no Brasil. A alíquota varia conforme a NCM do produto e é um dos principais custos no desembaraço.
Incoterms (International Commercial Terms)
Conjunto de regras internacionais publicadas pela ICC que definem as responsabilidades de compradores e vendedores em contratos de compra e venda internacionais. São atualizados periodicamente (ex: Incoterms 2020) e evitar ambiguidades na negociação.
IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
Tributo federal cobrado sobre produtos industrializados, inclusive os importados. No caso de importações, o IPI é calculado com base no valor aduaneiro da mercadoria somado ao imposto de importação (II).
A alíquota varia de acordo com a NCM do produto. Esse imposto incide no momento do desembaraço aduaneiro e deve ser considerado no custo final da mercadoria.
LI (Licença de Importação)
A Licença de Importação é um documento exigido para o início de determinados processos de importação.
Ela funciona como uma autorização prévia emitida pelos órgãos reguladores, como Anvisa, Inmetro, Ibama ou Mapa, dependendo do tipo de mercadoria.
Alguns produtos exigem LI antes mesmo do embarque, enquanto outros apenas no desembaraço. Ignorar esse requisito pode causar retenção, multas ou devoluções da carga, por isso é essencial conferir se sua mercadoria exige essa licença antes de importar.
CBM (Metro Cúbico)
CBM é a unidade que representa o volume da carga, calculada multiplicando-se altura × largura × comprimento (em metros).
Muitas vezes, o frete é calculado por peso ou por volume (CBM), o que for maior. Isso é especialmente relevante em cargas leves, mas volumosas.
Por exemplo, se você está importando travesseiros ou isopor, pode pagar mais pelo espaço ocupado do que pelo peso em si.
Mercosul

O Mercosul é um bloco econômico formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia. Ele facilita o comércio entre os países membros, permitindo reduções tarifárias, isenções de impostos e simplificação alfandegária em alguns casos.
Para aproveitar esses benefícios, é necessário apresentar o Certificado de Origem, que comprova que a mercadoria foi fabricada dentro do bloco.
NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul)
A NCM é um código de 8 dígitos que classifica mercadorias conforme sua natureza. Cada produto tem seu próprio código NCM, que serve para determinar alíquotas de impostos, exigência de licenças e tratamentos administrativos.
Erro no NCM pode gerar multa, reclassificação da carga e atrasos. Por isso, é essencial confirmar o código exato do produto antes de declarar no Siscomex.
PIS (Programa de Integração Social)
Nas importações, o PIS é um dos tributos federais cobrados sobre o valor aduaneiro da mercadoria (junto com o Cofins).
Sua alíquota padrão é de 2,1%, mas pode variar conforme o produto ou regime tributário da empresa. Ele é cobrado na Declaração de Importação e integra o custo final da operação.
RADAR (Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros)
O RADAR é a habilitação da Receita Federal que autoriza empresas a operarem no comércio exterior. Sem ele, não é possível importar ou exportar oficialmente.
Existem três modalidades de RADAR: Expressa, Limitada e Ilimitada, cada uma com limites de operação diferentes. Solicitar o RADAR exige preparo, documentação financeira e planejamento estratégico.
RFB (Receita Federal do Brasil)
A RFB é o órgão responsável pelo controle, fiscalização e arrecadação dos tributos federais, incluindo os aplicáveis ao comércio exterior.
Ela atua no desembaraço aduaneiro, aplicação de punições e na emissão de normas e instruções que regem as operações de importação e exportação.
Recof (Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado)
O Recof permite que empresas importem ou adquiram no mercado interno insumos sem pagar tributos, desde que esses insumos sejam usados em produtos destinados à exportação.
É um regime vantajoso, mas complexo: exige controle informatizado da produção, auditorias frequentes e alto volume de operações para viabilidade. Costuma ser usado por indústrias de grande porte.
SDA (Solicitação de Despacho Aduaneiro)
A SDA é uma etapa dentro do processo de desembaraço, em que o importador ou seu despachante aduaneiro comunica à Receita que a carga está pronta para ser liberada.
A SDA é feita no Siscomex, após o registro da DI (Declaração de Importação). Ela dá início à análise fiscal do processo e à possível parametrização (canal verde, amarelo, vermelho ou cinza).
Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior)
O Siscomex é a plataforma digital que integra todos os dados e etapas das operações de importação e exportação.
Nele são registradas as declarações, licenças, pagamentos de impostos e autorizações dos órgãos anuentes. Toda empresa habilitada no RADAR precisa utilizar o Siscomex para operar legalmente no comércio exterior.
TBRS (Terminal de Bagagem de Rápido Saque)
Embora o nome remeta a bagagens, o TBRS é um terminal alfandegado onde cargas podem ser retiradas rapidamente, principalmente no modal aéreo.
Esses terminais visam agilizar o fluxo de mercadorias, especialmente para itens perecíveis, urgentes ou com desembaraço simplificado.
TETI (Termo de Entrega de Terminais Intermodais)
O TETI é um documento que comprova a transferência da carga entre o terminal alfandegado e outro recinto aduaneiro ou transportadora.
Ele assegura a responsabilidade sobre a carga nesse trajeto e é exigido para controle fiscal, principalmente quando há movimentação terrestre após a chegada ao porto ou aeroporto.
TEU (Twenty-Foot Equivalent Unit)
TEU é a unidade padrão usada para medir a capacidade dos contêineres. Um contêiner de 20 pés equivale a 1 TEU, enquanto um contêiner de 40 pés vale 2 TEUs.
Esse termo é usado para estimar capacidade de navios, terminais portuários e até para cálculo de tarifas em logística marítima.
W/M (Weight or Measure)
“Weight or Measure” indica como o frete será cobrado: pelo peso bruto ou pelo volume da carga (CBM), o que for maior.
É um dos principais fatores que afetam o custo do transporte internacional e deve ser considerado na simulação e planejamento da importação. Uma carga leve, mas volumosa, pode gerar um frete mais alto por W/M.
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Siglas de logística de importações: Perguntas frequentes
Restou ainda alguma dúvida? A seguir, a gente traz respostas rápidas para as dúvidas mais frequentes sobre o assunto! Confira:
Quais são as siglas em logística?
São abreviações utilizadas para simplificar termos técnicos relacionados a transporte, frete, impostos e processos aduaneiros.
Como abreviar importação?
A forma mais comum é “IMP”, mas também é possível fazer o uso da sigla “Comex” para comércio exterior como um todo.
O que significa a sigla Comex?
É a abreviação de “Comércio exterior”. Essa definição inclui todas as operações de importação e exportação.
O que significa ETS em importação?
Significa “Estimated Time of Shipment”. Trata-se da previsão de quando a carga será enviada.
Conclusão
No comércio exterior, informação clara e suporte especializado fazem toda a diferença. Entender as siglas e os processos logísticos é só o começo.
Ter ao lado um parceiro confiável garante que cada etapa da importação aconteça com mais fluidez, agilidade e segurança.
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