A importação de produtos pode ser uma poderosa alavanca de crescimento para empresas que buscam diversificar portfólio, reduzir custos ou acessar tecnologias e insumos que não são produzidos no Brasil.
Mas, para colher os benefícios dessa estratégia, é preciso muito mais do que encontrar um fornecedor e fechar um pedido.
Estamos falando de um processo complexo, regulado por normas fiscais, sanitárias e aduaneiras, que envolve múltiplas etapas, desde o planejamento tributário e logístico até o desembaraço e a entrega da mercadoria. Um pequeno erro pode gerar grandes prejuízos.
Neste guia completo, você vai entender como funciona a importação, conhecer cada fase do processo, descobrir os principais impostos envolvidos e saber como estruturar sua operação de forma eficiente, segura e conforme a lei.
Se você quer importar com controle e previsibilidade, então continue lendo: as respostas estão logo abaixo.
Como funciona a importação de produtos?
A importação de produtos é um processo estratégico que permite às empresas brasileiras adquirirem mercadorias do exterior, seja para revenda, produção ou consumo interno.
No entanto, trata-se de uma operação complexa, regulada por normas da Receita Federal, Ministério da Economia, Anvisa, MAPA, entre outros órgãos intervenientes.
Ela envolve muito mais do que simplesmente comprar e transportar mercadorias.
É necessário realizar a classificação fiscal do produto (NCM), verificar exigências legais, contratar câmbio, planejar o desembaraço aduaneiro e executar uma logística eficiente.
Além disso, todas as etapas devem estar alinhadas com os princípios de compliance fiscal e aduaneiro, sob pena de multas, apreensões e perdas financeiras.
Por isso, empresas que buscam operar de forma escalável e segura muitas vezes optam por contar com uma trading especializada, que centraliza e profissionaliza todas essas tarefas.
A Open, por exemplo, atua como parceira estratégica ao oferecer soluções completas para importação, garantindo redução de riscos, agilidade e otimização tributária.
Etapas da importação de produtos
Importar com eficiência vai muito além de comprar um produto do exterior. Cada fase exige atenção estratégica para garantir que a operação seja segura, rentável e livre de surpresas.
Conhecer bem as etapas do processo é o primeiro passo para tomar decisões acertadas e evitar prejuízos. Entenda melhor:
Etapa 1: Planejamento e viabilidade
Antes de iniciar qualquer importação, é preciso analisar se a operação faz sentido financeiro, logístico e tributário. Isso envolve:
- Definir o produto a ser importado: avaliar demanda, concorrência e viabilidade de revenda;
- Calcular o custo total da importação (landed cost): incluindo frete, impostos, armazenagem, desembaraço, câmbio e possíveis taxas extras;
- Verificar restrições legais e exigências regulatórias: como necessidade de certificações (ex: Anvisa, Inmetro, MAPA), cotas de importação ou proibições.
Um planejamento robusto evita compras mal dimensionadas, perdas por fiscalização ou atrasos por documentação incompleta.
Etapa 2: Classificação fiscal e documentação
Nesta fase, a correta classificação fiscal (NCM) do produto é essencial. Ela determina os impostos incidentes e se o item exige licença ou tratamento administrativo especial. Qualquer erro pode gerar multas ou retenções na alfândega.
Além disso, é necessário reunir todos os documentos obrigatórios:
- Fatura comercial (Invoice);
- Packing list;
- Certificado de origem (se aplicável);
- Conhecimento de embarque (BL/AWB);
- Licenças de importação (LI), quando exigidas.
Essa é uma das etapas mais técnicas da importação, e contar com apoio especializado reduz riscos de autuações e atrasos.
Etapa 3: Contratação de fornecedor e negociação internacional
Com o planejamento pronto, é hora de selecionar fornecedores confiáveis no exterior. Isso exige:
- Análise de histórico e reputação da empresa;
- Conferência de capacidade produtiva, prazos e certificações;
- Definição do Incoterm (ex: FOB, CIF) que estabelece responsabilidades no transporte;
- Negociação de valores, formas de pagamento e prazos de entrega.
Uma negociação bem feita garante previsibilidade e economia, além de minimizar riscos na logística e no pós-venda.
Etapa 4: Logística internacional e desembaraço aduaneiro
Após o embarque, entra em cena a logística internacional. Aqui, o foco é garantir que a mercadoria chegue ao Brasil de forma segura, rápida e com custo otimizado. Isso inclui:
- Escolha do modal de transporte (marítimo, aéreo, rodoviário ou multimodal);
- Contratação de seguro internacional;
- Acompanhamento de embarque e liberação portuária ou aeroportuária.
Ao chegar ao país, a carga passa pelo desembaraço aduaneiro, em que a Receita Federal analisa a documentação e efetua o recolhimento dos tributos. Um erro aqui pode resultar em retenção da mercadoria ou até perdimento.
Etapa 5: Entrega interna e pós-venda
Com a liberação da carga, inicia-se o transporte interno até o centro de distribuição ou armazém do importador. Nessa etapa, é preciso:
- Conferir a integridade e quantidade da mercadoria recebida;
- Emitir nota fiscal de entrada e realizar os registros fiscais e contábeis;
- Organizar o estoque e o processo de venda ou distribuição.
Além disso, eventuais ajustes, trocas ou suporte técnico com o fornecedor podem acontecer. Ter uma operação estruturada no pós-venda é fundamental para manter a saúde da cadeia e a satisfação dos clientes.
Como escolher fornecedores e produtos?

Escolher corretamente o que importar e de quem comprar é uma das decisões mais críticas do processo. Um erro nesta etapa pode comprometer o custo-benefício, o prazo de entrega e até a viabilidade do negócio. Entenda os principais critérios:
- Demanda e margem de lucro no mercado interno: certifique-se de que há mercado para o produto no Brasil e que a importação será lucrativa, mesmo após tributos e custos logísticos;
- Certificações e normas técnicas: muitos produtos precisam atender a regulamentações específicas no Brasil, como INMETRO, ANVISA, MAPA e ANATEL. Negligenciar isso pode inviabilizar o desembaraço aduaneiro;
- Confiabilidade do fornecedor: busque parceiros com histórico sólido de exportação, boa comunicação, capacidade de produção e respeito aos prazos. Auditorias ou visitas presenciais, quando viáveis, são altamente recomendadas;
- Negociação de termos comerciais (Incoterms): o tipo de negociação define responsabilidades logísticas e influencia diretamente o custo final da operação;
- Capacidade de reposição e relacionamento de longo prazo: priorize fornecedores com estrutura para atender novas demandas e que estejam abertos a parcerias sustentáveis.
Um parceiro como a Open pode ajudar sua empresa desde a prospecção de fornecedores confiáveis até a validação técnica dos produtos, com apoio jurídico e tributário.
Quais impostos caem sobre a importação de produtos?
A importação de produtos está sujeita a uma série de tributos federais e estaduais. O valor total a pagar depende da classificação fiscal do produto (NCM), do país de origem e da operação comercial (ex: Incoterm adotado). Confira os principais:
- II (Imposto de Importação): incide sobre o valor aduaneiro (produto + frete + seguro). Alíquota varia conforme a NCM;
- IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): também varia conforme o tipo de produto e pode ser recuperável em algumas operações;
- PIS e COFINS-Importação: tributos federais com alíquotas padrão de 2,1% (PIS) e 9,65% (COFINS), embora possam mudar conforme o regime tributário;
- ICMS (Imposto Estadual): alíquota varia conforme o estado de destino e a base de cálculo é ampliada, considerando o valor total da importação com todos os impostos;
- Outros custos: Taxa Siscomex, armazenagem, capatazia (movimentação portuária), AFRMM (em caso de transporte marítimo), entre outros.
Importante: regimes especiais como Drawback, Recof, Ex-tarifário e entrepostos aduaneiros podem reduzir significativamente a carga tributária.
Uma assessoria especializada é fundamental para identificar e aplicar essas oportunidades de forma legal e segura.
Como a Open pode te ajudar a ter mais eficiência na importação de produtos
Na Open, atuamos para que você importe com tranquilidade, previsibilidade e economia.
Com mais de duas décadas no mercado de comércio exterior, oferecemos uma gestão ponta a ponta, centralizando todas as etapas em um único parceiro. Nossas soluções incluem:
- Trading completo: realizamos operações por conta e ordem ou por encomenda, com estrutura tributária otimizada;
- Despacho aduaneiro ágil e assertivo: cuidamos do, licenciamento, desembaraço e liberação sem surpresas;
- Logística internacional e nacional integrada: cuidamos da sua carga do fornecedor até a sua porta, com rastreabilidade e seguro;
- Consultoria fiscal e jurídica: atuamos na análise de NCM, regimes especiais e compliance aduaneiro para reduzir riscos e impostos;
- Tecnologia com gestão via plataforma web: acompanhe seus processos em tempo real, com alertas, documentos e relatórios consolidados;
- Equipe multidisciplinar com foco em resultados: cada projeto é acompanhado por especialistas em cada etapa, com suporte próximo e personalizado.
Ou seja, nós assumimos as complexidades para que sua empresa foque no crescimento e na estratégia de mercado.
Importação de produtos: Perguntas frequentes
Ainda tem dúvidas sobre como importar? Abaixo, respondemos às principais perguntas de forma rápida e direta. Confira:
Como funciona a importação de produtos?
Você compra produtos do exterior e segue um processo legal que envolve licenças, logística e tributação. Pode importar diretamente ou via trading.
Como faço para importar um produto?
É preciso estudar o produto, encontrar fornecedor, verificar a legislação aplicável, contratar transporte, realizar o despacho aduaneiro e pagar os tributos.
Quais são os 3 tipos de importação?
Os três tipos de importação são:
- Importação por conta própria;
- Importação por conta e ordem de terceiros;
- Importação por encomenda.
Qual é a taxa de importação de produtos?
Depende da NCM do produto. Em geral, os tributos somam entre 40% e 60% do valor CIF (produto + frete + seguro).
Conclusão
Importar produtos com sucesso exige conhecer fornecedores internacionais, estratégia, gestão, conhecimento tributário e domínio da legislação.
Com tantas variáveis envolvidas, cada erro custa caro.
A Open entrega exatamente o que sua empresa precisa: agilidade, segurança, economia e previsibilidade em toda a operação.
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