O movimento de carga para importar ou exportar tem seu maior volume movido por navios e aviões, durante o ano inteiro de forma praticamente incessante.
Durante essa movimentação pode ocorrer picos de demanda aos quais uma parte ou o sistema inteiro de transporte marítimo e aéreo não tenham capacidade total de atender.
Como dita a lei da oferta e demanda, quanto maior a demanda e menor a oferta, mais caro um produto ou serviço pode se tornar, e isso não é diferente para importação e exportação.
Assim, vamos abordar nesse artigo o significado completo do Peak Season Surcharge (PSS) e quais as possíveis consequências de ignorar o PSS.
Peak Season Surcharge: a taxação da demanda
Como em qualquer operação de compra e venda, a diferença entre oferta e demanda, pode mudar consideravelmente os custos de compra de um produto ou serviço.
E isso não é diferente no transporte marítimo e aéreo. Para períodos em que a demanda está próxima da capacidade do sistema ou o sistema já está em sua capacidade total, existe o Peak Season Surcharge, ou simplesmente PSS.
O PSS nada mais é que uma taxação extra em períodos de alta demanda, como em épocas comemorativas, por exemplo.
Essa taxa pode aumentar muito o custo de transporte e inviabilizar alguns negócios, principalmente de produtos que precisam de muito espaço para serem movimentados pelo transporte marítimo ou aéreo.
Outros motivos para a PSS
Além do aumento de demanda, podem existir outros motivos para que seja aplicada a PSS. Esses motivos extras, também impactam a movimentação de carga marítima ou aérea, tanto para importação quanto exportação. Desta forma o PSS pode ser aplicado.
Os outros motivos que geram a aplicação de PSS são:
- Redução da mão de obra;
- Demora no procedimento de saída de navios e aviões;
- Falta de espaço nos navios ou aviões (overbooking).
Com o atraso ou falta de recursos que possibilitam uma correta operação, o transporte marítimo e aéreo fica comprometido, não podendo operar a toda capacidade, assim gerando PSS fora de época de alta demanda.
Quais as épocas de alta demanda?
Como a maioria dos lojistas antecipa a compra de mercadoria para fazer estoque para grandes volumes de venda em época especial, como natal, alguns meses que antecedem essas datas costumam ter cobrança de PSS.
No Brasil, para importação, a PSS costuma ser cobrada entre os meses de maio e setembro, já que antecede o dia das crianças e natal. Afinal, diversos tipos de mercadorias precisam já estar nas lojas para possibilitar as vendas na maior quantidade quanto possível.
Além disso, nesse período as fábricas aumentam o volume de produção para poder realizar as entregas dentro do prazo, demandando uma maior quantidade de matéria-prima, o que aumenta mais ainda a demanda por importação.
Já para exportação, saindo do Brasil, o que mais afeta a capacidade na movimentação de carga marítima e aérea, são os feriados de ano novo Chines e o feriado Golden Week no Japão, já nos meses que antecedem, o volume de carga com destino ao Japão e China aumenta muito.
Existe como evitar o PSS?
Não há modo de deixar de pagar o PSS quando o produto precisa ser transportado nos meses de alta demanda do sistema marítimo ou aéreo, o que por consequência aumenta o custo de frete internacional.
Porém, como o PSS costuma ser aplicado em períodos conhecidos, é possível se planejar evitar o uso do frete marítimo e aéreo na época de alta demanda, de forma a não ter o PSS.
Desta maneira o mais comum é antecipar a importação para períodos de demanda normal ou baixa do sistema, podendo inclusive ter frete com custos menores.
Além disso, durante o período de PSS, é aconselhado a dividir a carga em navios diferentes, para evitar que tudo o que foi importado fique preso em navios que não conseguem ancorar por falta de espaço ou sobrecarga do sistema de descarregamento.
Para saber mais sobre o PSS e a melhor maneira de evitar ter taxa extra, entre em contato com a Open Market.
Para ficar por dentro das últimas notícias a respeito do comércio exterior no Brasil e no mundo, acompanhe o blog da Open Market.
Aproveite e siga nossas redes sociais. Estamos no Facebook, Instagram e LinkedIn.