Máquinas para construção civil

05/08/2020

Série Importação: Máquinas para construção civil

O setor de máquinas da construção civil encerrou 2019 com um crescimento das vendas da ordem dos 37%, segundo o estudo “Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção”, desenvolvido pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração. Esse número é reflexo de um reaquecimento do mercado imobiliário, principalmente de pequenas obras de infraestrutura, que fez com que o setor encerrasse o ano com o número de 18.500 unidades comercializadas no país.

 

Depois da queda registrada entre os anos de 2014 a 2017, as projeções para 2020 são também animadoras, com aumento que pode chegar a 20% em relação aos números de 2019. Em termos de oportunidades de negócio, há razão para um otimismo em longo prazo, pois o Brasil é um país cujo déficit de moradia e infraestrutura é enorme. Portanto, é de se esperar um aumento contínuo na procura por tais equipamentos.

 

Outro fator a se levar em conta é que a capacidade instalada total dos fabricantes nacionais faz com que muitos dos equipamentos utilizados na construção civil não sejam produzidos em escala pela indústria local. Dessa forma, abre-se uma janela de oportunidades para a importação de equipamentos advindos países com um parque fabril mais vigoroso e abrangente, como a China e os Estados Unidos da América, por exemplo.

Segundo os dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a compra de máquinas e equipamentos importados aumentou em 2019. A maioria das máquinas (22,2%) foi comprada da China, país que vem ofertando qualidade e bons preços nesse setor, principalmente no contexto da chamada Quarta Revolução Industrial, com tecnologias de automação e troca de dados baseadas em conceitos de sistemas ciber-físicos, Internet das Coisas (IoT) e Computação em Nuvem.

 

Pensando em quem deseja aproveitar essa oportunidade de negócios, no post de hoje, damos continuidade à nossa série “Importação” e mostramos algumas das máquinas mais procuradas pela construção civil brasileira e quais trâmites que devem ser seguidos na hora de importar tais equipamentos do exterior. Continue a leitura e saiba mais!

 

Confira algumas das máquinas mais procuradas na construção civil

Os chamados equipamentos pesados, de “linha amarela”, são aqueles que trabalham com movimentação de terra e são logicamente muito usados na construção civil. Vejamos alguns dos mais procurados.

 

Retroescavadeira

Esta é uma das máquinas mais utilizadas em obras e, consequentemente, das mais procuradas. Para este ano de 2020, prevê-se um aumento de 57% nas vendas de retroescavadeiras.

A função desse equipamento é, como o nome indica, escavar valas e redes. Além disso, permite transportar materiais e carregar caminhões.

 

Escavadeira hidráulica

Esse tipo de máquina é mais complexa do que a retroescavadeira, pois conta com componentes eletrônicos. É utilizada para aterro e desaterro, conformação de taludes, escavação de redes de diâmetro maior que DN800 e carrega de caminhões.

 

Motoniveladora

Também conhecida como “Patrol”, trata-se de um equipamento usado para a terraplenagem. Ele é capaz de cortar ou aterrar sub-leitos, sub-bases e bases conforme estacas de marcação topográfica.

 

Caminhão Munck

Veículo muito importante para qualquer obra, o Munck faz movimentação de cargas com um braço hidráulico. Distribuição de blocos e manilhas de concreto, transporte das ferramentas e equipamentos para guarda, carregamento de madeiras e elevação de peças – essas são algumas das ações executadas por esta máquina.

 

Dicas para importadores

Se você está pensando em se dedicar à importação de máquinas para a construção civil, uma excelente dica é buscar investir em soluções de alta tecnologia que ainda não existem no Brasil.

Por exemplo, nos equipamentos de linha amarela, um aspecto muito visado é melhorar o desempenho e elevar o nível de precisão nas obras. Por esse motivo, máquinas equipadas com tecnologias como o GPS representam um diferencial competitivo importante para a realização de trabalhos com mais precisão. As empresas de construção civil estão cada vez mais investindo em maquinário para uma operação mais rápida e otimizada, que aumente a produtividade do trabalho e, ao mesmo tempo, garanta economia de tempo e combustível.

Importar é uma atividade complexa, que exige o domínio de trâmites não só logísticos, mas também legais e burocráticos. Em seguida, listamos alguns dos principais aspectos ligados aos requisitos para uma empresa importadora que deseje trazer máquinas estrangeiras para o solo brasileiro.

 

Radar de importação

Para que a sua empresa possa iniciar atividades de exportações e/ou importações, é necessário que ela esteja registrada no chamado “Radar de Importação” (Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros).  Esse é um sistema obrigatório do Governo Federal, que permite que pessoas físicas e jurídicas a realizarem operações do comércio exterior.

Para fazer esse registro, é necessário reunir uma série de documentos. Se tudo estiver em confirmidade, a empresa passar a ter acesso a outro sistema, o Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), por onde acompanha todo o processo de importação.

A Instrução Normativa n.º 1288/2012 é a legislação de referência que lista os documentos necessários para pessoas jurídicas que desejem realizar atividades de importação – entre eles, estão os documentos de constituição da empresa, documentos dos representantes legais, comprovação da integralização do capital social, certidões da empresa, certificado digital para empresa e representante legal.

O prazo médio para conseguir a aprovação para acessar o Radar varia, podendo chegar até 10 dias. Empresas com pendências com o fisco terão o acesso negado.

Depois de regularizada esta primeira etapa, os próximos passos são, resumidamente, a preparação dos documentos relativos à aquisição da máquina que se deseja importar, à contração do frete e ao desembaraço aduaneiro.

 

Contrato com a empresa fornecedora

A importação de máquinas da construção civil enquadra-se na categoria chamada de “bens de capital”. Como se trata de itens que não raro têm um elevado valor, é importante tomar todas as precauções para fazer uma importação segura, sem surpresas que podem levar a prejuízos desnecessários.

Uma excelente ideia é visitar feiras e conversar diretamente com potenciais fornecedores. Durante a celebração de contrato, é importante incluir todos os detalhes possíveis, tais como os requisitos técnicos, responsabilidade pelo transporte e seguro, garantia em caso de avaria, prazo de entrega, formas de pagamento, entre outros fatores. O chamado “termo de venda” (em inglês, “incoterm”) é outro documento fundamental. Nele, são previstos riscos de avarias, custos logísticos, de seguro etc.

 

Tributos

A importação de bens de capital está sujeita a regimes tributários específicos. Destacamos a incidência do IPI, do ICMS, do PIS e do Cofins na importação desse tipo de produtos. Atenção para o regime “ex-tarifário”. Ele proporciona um tratamento temporário a mercadorias assinaladas na chamada “Tarifa Externa Comum” (TEC) como bens de capital. Os ex-tarifários, geralmente, resultam em uma redução bastante vantajosa da alíquota de 14% para 2%!

Se você precisa importar máquinas e pensa em fazer isso sozinho, preenchendo os formulários e reunindo os documentos necessários por conta própria, saiba que essa é uma opção arriscada e seu pedido pode acabar sendo negado.  Trata-se, de fato, de um assunto complexo – com inúmeros os procedimentos e resoluções com vários detalhes a serem assimilados e seguidos.

Por isso, saiba que pode contar com a expertise da Open Market. Há mais de 20 anos no mercado, oferecemos soluções inteligentes na gestão do comércio exterior.  Com serviços na área de importação e exportação, garantimos total controle desses processos. Quer saber mais? Entre em contato conosco agora mesmo e teremos prazer em tirar as suas dúvidas!

Não deixe de acompanhar a nossa série sobre Importação. Curta a nossa página no Facebook ou siga-nos no Instagram.

Até o próximo post!

 

Open Market – Comércio Exterior