27/10/2021

Quais os 3 principais cuidados a serem observados por uma empresa do comércio internacional?

Depois de um período operando com sucesso no mercado nacional, eis que é chegada a hora de a sua empresa se aventurar pelo mundo a fora.

 

O comércio internacional é, de fato, uma oportunidade promissora para galgar novos patamares e expandir os lucros. Mas ingressar nesse setor tão complexo exige alguns cuidados essenciais.

 

Não basta ter um produto de qualidade com preço atrativo a oferecer no exterior, ou encontrar um item exclusivo para comercializar internamente. Trabalhar com o comércio exterior traz consigo uma série de burocracias que devem ser cumpridas para que o agente não tenha problemas fiscais ou operacionais no Brasil ou em seu novo destino consumidor.

 

Essa complexidade, inclusive, faz com que muitas empresas acabem desistindo do projeto de alçar voos em mercados estrangeiros, fazendo do setor algo ainda explorado aquém do que poderia ser no nosso país. Pequenos e médios empreendedores acreditam que esse é um passo restrito apenas as grandes empresas, o que é um erro, dadas as oportunidades de retorno que o setor representa.

 

Pensando nisso, neste post, elegemos aqueles que julgamos ser os 3 principais cuidados que uma empresa deve seguir antes para ingressar no comércio internacional.

 

Vem com a gente!

 

#1 Estudar o mercado

Em primeiro lugar, é preciso definir algumas questões: você vai importar ou exportar?, qual é a mercadoria?, o produto sairá de onde e irá para onde?, qual será o fluxo de pagamento? Para saber tudo isso, caros leitores, é preciso estudar o mercado!

 

Esta é, de fato, uma das dicas mais importantes – se não mesmo a mais importante – que se pode dar a alguém que está pensando em ingressar no comércio internacional. Para se ter uma noção do que acontece no mercado de forma geral e identificar oportunidades, você tem que conhecer o setor de atividades em que deseja atuar.

 

Vamos mencionar aqui um exemplo que já exploramos em um post recente aqui do blog.

 

O Brasil é o segundo maior consumidor de biscoitos, massas e pães e bolos industrializados do mundo – sim, ficamos apenas atrás dos Estados Unidos da América. O mercado desse tipo de alimentos tem um faturamento anual de mais de R$ 30 bilhões por aqui! Durante a pandemia, as vendas do setor aumentaram, enquanto o de outros produtos diminui drasticamente. Isso porque os consumidores acabaram por produtos com maior “shelf life”, ou seja, maior tempo de prateleira, para menos idas ao mercado.

 

Isso gerou, entre fevereiro e abril de 2020, um aumento médio de 15% no volume de vendas. Além disso, existe um nicho de produtos importados de alta qualidade, destinados a um público fiel, que, mesmo em tempos de crise, não renuncia a certos hábitos de consumo. Temos aqui, portanto, um exemplo oportunidade de negócios que se desenha perante o agente do comércio exterior que conhece o mercado porque o estudou.

 

Quantas oportunidades semelhantes a essas existem atualmente por aí, esperando por alguém que as identifique e preencha essas lacunas? Já parou para pensar?

 

Por “estudar”, entendemos aqui que é preciso conhecer os acordos comerciais fechados pelos Brasil, acompanhar as publicações do ramo (jornais e revistas), consultar estatísticas conduzidas por órgão de referência no setor, acompanhar blogs especializados e até mesmo ler artigos acadêmicos sobre o assunto. O radar comercial, do Governo Federal, também mantém um bom arquivo de informações.

 

#2 Planejar-se financeiramente

Segundo a Associação de Comércio Exterior do Brasil, um dos principais motivos que levam empresas brasileiras a interromperem os seus processos de exportação e importação é a falta de planejamento financeiro.

 

Além de estudar bem o mercado, é preciso conhecimento da sua própria realidade: a sua empresa tem condições financeiras para atuar no comércio exterior? Ou seja, o seu negócio dispõe de capital de giro suficientemente grande para permitir a entrada em um novo mercado? Como você pode obter esse capital? Como chegar a um preço competitivo e com boa margem de lucro para os produtos que pretende exportar ou importar?

 

Para ter respostas a essas perguntas, é preciso se planejar financeiramente e fazer cálculos e mais cálculos para evitar prejuízos. Também se deve levar em conta o seu potencial para arcar com a logística envolvida. Enfim, tudo tem que entrar na ponta do lápis – ou da planilha, ok?

 

#3 Conhecer os seus parceiros comerciais e os principais requisitos burocráticos

Conhecer o seu fornecedor e o seu comprador são certos muito importantes quando se trata do comércio internacional. Ter um bom relacionamento com ambos e trabalhar com confiança é fundamental para uma boa condução das negociações entre as partes.

 

Uma vez escolhidos possíveis alvos, é necessário fazer pesquisas para conhecer a reputação dessas empresas no mercado. Você pode inclusive falar com os outros operadores e fazer contatos com os órgãos locais de cada país para obter essas informações.

 

Também é preciso ter uma noção dos procedimentos burocráticos envolvidos e da legislação pertinente.  Por exemplo, a Instrução Normativa n.º 1288/2012 é uma norma de referência que deve ser conhecida por quem deseja atuar no comércio exterior.

 

Em relação aos procedimentos burocráticos, vamos resumir alguns passos básicos, só para você ter uma ideia, ok?

 

O primeiro passo para o empreendedor que deseja importar ou exportar produtos é certificar-se de que sua empresa está devidamente constituída e legalizada – ou seja, o CNPJ em questão está em situação regular. Além disso, no objeto social da empresa, deve passar a constar as atividades de importação/ exportação.

 

Depois, temos outro procedimento. Para que a sua empresa possa iniciar atividades no comércio exterior, é necessário que ela esteja registrada no Radar de Importação (Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros), do Governo Federal. Para fazer esse registro, é necessário reunir uma série de documentos. Se tudo estiver ok, aí empresa passar a ter acesso a outro sistema, o Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), por onde acompanha todo o processo.

 

Acreditamos que, se você conhecer bem o mercado em que deseja atuar, fizer um bom planejamento financeiro, conhecer os seus parceiros comerciais e ter uma ideia dos procedimentos legais e burocráticos que te esperam, você já terá dado um passo – ou melhor, três! – em direção a uma jornada de sucesso no comércio exterior.

 

Todo no início é extremamente desafiador. Por isso, saiba que você pode contar com a Open Market. Com décadas de experiência no comércio exterior, nós assessoramos as empresas brasileiras nos procedimentos mais complexos de importação e exportação. Quer conhecer mais sobre o nosso trabalho e saber como podemos ajudar a sua empresa? Entre em contato conosco agora mesmo para uma avaliação personalizada das suas necessidades.

 

A gente se vê no próximo post!

Open Market – Comércio Exterior