Em 2020, o saldo do comércio exterior – soma de todas as importações e exportações – representou cerca de 5% do nosso Produto Interno Bruto (PIB), atingindo a marca de aproximadamente US$ 368,847 bilhões, de acordo com dados do Ministério da Economia. Isso, claro, sem levar em conta os empregos – diretos e indiretos – e os demais impactos financeiros indiretos gerados por essas importantes atividades econômicas.

De fato, essas duas atividades econômicas representam uma gigantesca janela de oportunidades de negócios. A exportação, por exemplo, está ligada a um aumento da produção interna, à diversificação do mercado e a um estímulo a melhorias internas. Por sua vez, a importação, muitas vezes, é a única solução para o acesso a tecnologias e itens exclusivos, essenciais às atividades econômicas internas. Além disso, em alguns casos, comprar do estrangeiro é a opção mais vantajosa em termos financeiros do que a aquisição de produtos nacionais.

O nosso país é ainda o 29.° maior importador do mundo, também segundo dados do mesmo Ministério, e o 27.º quando o assunto é a exportação. Entre os produtos mais exportados estão a soja, o minério de ferro e concentrados, o petróleo bruto, o açúcar e a carne bovina. Do exterior, nós compramos adubos, petróleo leve, estruturas flutuantes, aparelhos eletrônicos e obras de ferro e aço.

Isso tudo faz do Brasil um importante player no comércio internacional. Mas quem são os nossos parceiros comerciais? Que países mais compram os produtos produzidos em solo nacional? E de quem compramos os produtos de que mais precisamos internamente? Conhecer essas informações é importantíssimo para traçar estratégias comerciais.

 

Então, neste post, respondemos a essas perguntas e apresentamos os principais parceiros do comércio exterior praticado pelo Brasil.

Continue a leitura e identifique potenciais oportunidades de negócio para a sua empresa!

 

Os 5 principais parceiros comerciais do Brasil

Os parceiros comerciais de um país mudam conforme o tempo e os cenários econômicos. Sendo assim, considerando o ano de 2020 e dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, os 5 principais países parceiros comerciais do Brasil são:

 

1.º China

Com uma população de 1,4 bilhão de habitantes, a China é a segunda maior economia do mundo (PIB Nominal), superada somente pelos Estados Unidos da América. Além disso, é, em 2020, o país foi o maior exportador do mundo (US $ 2,49 trilhões, ou 13,3% do total mundial).

Também tendo como referência o ano de 2020, o gigante asiático foi o principal parceiro comercial do Brasil, batendo números recordes.  A corrente de comércio entre os dois países cresceu 3,8%. As importações tenham apresentaram queda de 2,7%, atingindo a marca de US$ 34,64 bilhões. Já as exportações cresceram 7,3%, ultrapassando os US$ 70 bilhões, sendo, assim, 3,3 vezes maiores do que a dos Estados Unidos e 2,47 vezes superiores à da União Europeia. Em relação à China, o superávit da nossa balança comercial foi de US$ 35,44 bilhões.

Os principais produtos brasileiros comprados pela China são soja, óleo bruto de petróleo e minérios de ferro.

 

2.º União Europeia

A União Europeia, composta por 28 países, é um dos maiores players do comércio exterior.

Em 2020, tanto as exportações quanto as importações brasileiras para os países do bloco caíram, respectivamente, em 13,3% (US$ 28,33 bilhões) e 12,9% (US$ 26,82 bilhões). Sendo assim, o fluxo de comércio também decaiu – 13,1%.

Mesmo assim, a conta fechou com um saldo positivo de US$ 1,52 bilhões. Os principais produtos exportados para o bloco pelo Brasil são farelos e resíduos da extração de óleo de soja, café cru em grãos, minérios de ferro e seus concentrados, celulose e soja. Do Velho Continente, o nosso país compra, sobretudo, medicamentos, peças para veículos e inseticidas e produtos semelhantes.

 

3.º Estados Unidos da América (EUA)

Principal economia do mundo, com um PIB de US$ 20,93 trilhões (dados de 2020), os EUA movimentam um comércio exterior equivalente a aproximadamente US$ 446 bilhões. O país exporta, sobretudo, produtos agrícolas, combustíveis e mineração e manufaturas e importa itens como petróleo, produtos para a indústria da transformação e carvão.

Os ianques sempre foram um importante parceiro comercial do Brasil. Em 2020, contudo, o saldo da balança comercial brasileira com esse país registrou um déficit de US$ 2,7 bilhões, um valor 23,2% menor do que em 2019. Essencialmente, os efeitos negativos da pandemia e a queda do preço internacional do petróleo explicam a queda acentuada.

Mesmo assim, as importações somaram US$ 24,1 bilhões e as exportações, US$ 21,5 bilhões. Os principais produtos exportados para solo americano pelo nosso país foram óleos brutos de petróleo, produtos semimanufaturados de ferro ou aço, aviões e demais produtos manufaturados.

 

4.º Argentina

Brasil e Argentina representam juntos 63% da área total da América do Sul, 60% de sua população e 61% de seu PIB. Especialmente após a implementação do Tratado do Mercosul, em 1991, os dois países têm mantido uma intensa troca comercial, tanto assim é que o Brasil é o principal parceiro comercial da Argentina. Com uma fronteira 1225 km, a proximidade geográfica facilita as transações.

Seguindo uma tendência geral, 2020 foi um ano de queda na corrente de comércio com os hermanos. As importações atingiram a marca de US$ 7,79 bilhões, uma queda de 25,6% em relação a 2019. Já as exportações caíram 12,7%, ficando-se pelos US $8,48 bilhões.

Os principais produtos exportados pelo Brasil para a Argentina são automóveis passageiros, partes e peças para veículos, automóveis e tratores, produtos manufaturados e minérios de ferro. Da Argentina, compramos automóveis para transporte de mercadorias, trigo e até legumes, raízes e tubérculos, preparados ou conservados.

 

5.º Espanha

A Espanha é uma das principais economias europeias, sendo o país do Velho Continente que mais se destaca nas relações comerciais estabelecidas com o Brasil, as quais vêm crescendo desde 2016.

Ao todo, foram US $ 2,1 bilhões exportados pelo nosso país para a terra de Cervantes. Os principais produtos consistem basicamente de commodities (petróleo) e produtos ligados ao agronegócio, como a soja, milho e farelo de soja.

É oportuno lembrar que, depois de duas décadas de negociações, em 28 de junho de 2019, foi estabelecido um tratado de livre comércio entre o Mercosul, bloco do qual o Brasil faz parte, e a União Europeia, o que pode representar novos parceiros de comércio para o nosso país.

Atualmente em processo de ratificação, o acordo prevê uma série de nas regras comerciais atualmente praticadas entre os países dos dois blocos e é visto como tendo pontos positivos e negativos para as empresas e os produtores nacionais. É um assunto para ficar de olho, portanto.

 

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Até a próxima!

 

Open Market – Comércio Exterior

Ao longo da história, há cerca de pelo menos uns 7 mil anos, os seres humanos comercializam bens entre diferentes regiões do mundo – das relações comerciais indo-mesopotâmicas que datam de há 3200 a. C. às rotas do sal, da seda e do âmbar, importar e exportar são atividades de suma importância econômica, social e política.

A Receita Federal brasileira define a importação como sendo a entrada temporária ou definitiva, em território nacional de bens ou serviços, originários ou procedentes de outros países, a título oneroso ou gratuito. Por outras palavras, essa atividade econômica reporta-se a tudo aquilo que é produzido em outra fronteira e que entra no nosso país.

Já a exportação corresponde à saída, temporária ou definitiva, do território nacional de bens ou serviços originários ou procedentes do nosso país, seja também de tipo oneroso ou gratuito. Trata-se, em suma, de tudo aquilo que é produzido em um país e enviado para outro.

Juntas, a importação e a exportação formam o comércio internacional e dão origem à chamada “balança comercial”, uma ferramenta cujo saldo registra a diferença entre tudo aquilo que entrou e que saiu de um país em um determinado período de tempo. Esse é um importante indicador econômico, ajudando a aferir o desempenho de uma economia. Atualmente, na maioria dos países, o comércio internacional representa uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB).

 

Em 2019, o valor comercial global das mercadorias exportadas e importadas em todo o mundo correspondeu a aproximadamente U$ 19 trilhões de dólares. Para se ter a dimensão da quantidade de dinheiro envolvida nessas transações, basta pensar que 1 milhão de segundos equivale a 11 dias, 1 bilhão de segundos a 31 anos e 1 trilhão de segundos… a cerca de 31700 anos!

No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Economia, em 2020, foram contabilizados US$ 209,921 bilhões em exportações e US$ 158,926 bilhões em importações. Assim, a corrente de comércio foi de um total de US$ 368,847 bilhões. O nosso país é ainda o 29.° maior importador do mundo, também segundo dados do mesmo Ministério, e o 27.º quando o assunto é exportação.

Esses são apenas alguns dados para começar a entender o panorama das importações e exportações no Brasil. Neste post, apresentamos muitos outros e ajudamos você a navegar melhor pelo comércio exterior praticado em solo nacional. Quais são os bens e produtos mais exportados pelo nosso país? Quem são os nossos principais parceiros comerciais? Que quantias vultosas eles movimentam? E as principais importações? Quais são os destinos dos produtos tupiniquins?

 

Vem com a gente aprender mais sobre esta área tão fascinante!

 

Exportações

Considerando o ano de 2020 e os dados obtidos na plataforma OEC (Observatory of Economic Complexity) e no Monitor do Comércio Exterior Brasileiro, a lista dos 10 produtos mais exportados pelo Brasil, com a respectiva taxa de participação no total de importações e o volume em dólares, é a seguinte:

 

1.º Soja

15% de participação – US$ 28,5 bilhões

Total exportado: cerca de 83 milhões de toneladas

Com uma produção de 124,845 milhões de toneladas na safra 2019/2020 e uma área cultivada de mais de 36 milhões de hectares, o Brasil é o maior produtor de soja do mundo. O grão é cultivado em várias regiões do país, com destaque para o estado do Mato Grosso, que lidera a produção nacional.

A China é a principal compradora da oleaginosa brasileira, importando mais de 55 milhões de toneladas em 2020, um volume que é 29% superior em relação a 2019.

Vale notar que, no ano de 2021, a soja vem batendo recordes de produção, o que deve corresponder a um aumento expressivo nas exportações até o fim deste ano.

 

2.º Minério de ferro e concentrados

12% de participação – US$ 22,7 bilhões

Total exportado: cerca de 280 milhões de toneladas

O minério de ferro é outra das riquezas abundantes do nosso país. O Brasil abriga a quinta maior reserva do mundo, equivalente a 17 bilhões de toneladas, e é o 2.º maior produtor do mundo.

As maiores jazidas estão em Minas Gerais (61,2% das reservas nacionais), Mato Grosso do Sul (com 28,1%) e o Pará (com 10,4%).

A China e a Malásia são os nossos principais parceiros comercial neste produto.

 

3.º Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos crus

9,4% de participação – US$ 19,5 bilhões

Total exportado: cerca de 57 milhões de toneladas

Desde a descoberta do petróleo do Pré-Sal em 2006, pode-se dizer que o Brasil passou a ser autossuficiente na produção desse insumo. Com a demanda interna plenamente atendida, o próximo passo foi a exportação.

Em 2020, a Petrobras bateu recorde de exportação. Ao todo, a companhia vendeu, no exterior, em média, 713 mil barris diários, o que representa uma alta de 33% em relação ao ano de 2019. A China é a principal compradora desse nosso insumo.

 

4.º Açúcares e melaços

4,2% de participação – US$ 8,8 bilhões

Total exportado: cerca de 26 milhões de toneladas

Em 2020, São Paulo continuou sendo o maior produtor nacional, com 341,8 milhões de toneladas, responsável por 51,2% da produção.  Os nossos principais parceiros comerciais para este insumo são países como Argélia, Índia, Bangladesh, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Nigéria.

Em 2021, a exportação de açúcar tem batido recordes, sobretudo em decorrência dos melhores preços em reais, do aumento da maior produção nas usinas do país e da diminuição na safra de alguns grandes produtores internacionais.

 

5.º Carne bovina

3,6% de participação – US$ 8,5 bilhões

Total exportado: cerca de 1,5 milhão de toneladas

Fresca, refrigerada ou congelada, a carne bovina nacional faz sucesso lá fora, tanto assim é que em 2020 bateu recordes de exportação.

O maior produtor é o estado de Mato Grosso, seguido por São Paulo e Goiás. Os chineses são os que mais compram carne do Brasil: cerca de 40% do total vendido. Em 2020, o nosso país contava com 35 unidades frigoríficas habilitadas à exportação para o gigante asiático e mais 26 à espera de habilitação autorizada.

 

6.º Farelos de soja e outros alimentos para animais

3,1% de participação – US$ 5,9 bilhões

Total exportado: cerca de 16 milhões de toneladas

 

7.º Celulose

2,9% de participação – US$ 5,6 bilhões

Total exportado: cerca de 14 milhões de toneladas

 

8.º Demais produtos da Indústria de Transformação

2,7% de participação – US$ 5,2 bilhões

 

9.º Carne de aves

2,6% de participação – US$ 5,1 bilhões

Total exportado: cerca de 4 milhões de toneladas

 

10.° Óleos combustíveis de petróleo

2,31% de participação – US$ 4,0 bilhões

Total exportado: cerca de 13 milhões de toneladas

No quesito exportação, os países para os quais o Brasil mais exporta são China (33,6% de participação), Estados Unidos (9,84% de participação), Argentina (3,88% de participação) Holanda (3,68% de participação) e Espanha (2,1% de participação).

Falemos agora das importações.

 

Importações

Em 2020, as importações caíram 9,7% e alcançaram a marca de US$ 158,93 bilhões. Essa queda foi, em parte, o reflexo de um ano de incertezas ocasionadas pela pandemia da Covid-19.

Os produtos mais importados pelo Brasil, considerando dados de janeiro e outubro de 2020, são:

 

1.º Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos)

5,1% de participação – US$ 6,5 bilhões

Apesar de ser uma potência no agronegócio, o Brasil tem que importar 75% dos adubos que utiliza e o faz sobretudo comprando da Rússia. Os altíssimos investimentos necessários para o processo de mineração, fabricação e logística desses insumos de origem mineral explicam parcialmente a nossa dependência em relação à compra internacional.

A necessidade é alta pelo país afora, sobretudo em estados do sul e do norte do país, nas plantações de soja e o tabaco.

 

2.º Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos)

4,9% de participação – US$ 6,2 bilhões

Já afirmamos neste artigo que o Brasil é autossuficiente em relação ao petróleo, o que é factualmente verdade. Mas isso se dá em relação ao petróleo pesado, mais difícil de processar, gerando, por isso, muito combustível, só que a um custo alto. Como as nossas refinarias são voltadas para óleo leve, é mais vantagem exportar nosso óleo pesado ou usá-lo para outras finalidades, como o asfaltamento de ruas.

A principal origem do nosso petróleo importado é os Estados Unidos.

 

3.º Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes

4,32% de participação – US$ 5,4 bilhões

Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes são o segundo item que o Brasil mais importa da China, representando 6,9% das exportações do gigante asiático para o nosso país – o primeiro são os equipamentos de telecomunicações, o próximo item da nossa lista.

 

4.º Equipamentos de telecomunicações, incluindo peças e acessórios

4,29% de participação – US$ 5,4 bilhões

O Brasil ainda não tem uma indústria consolidada voltada a componentes e equipamentos eletrônicos em geral. Como o consumo tem crescido muito nos últimos anos, com uma média de 1,6 dispositivo portátil por habitante, a solução é importar.

E é da China que vem quase 60% de todo nosso fornecimento. A indústria chinesa tem alguns dos maiores produtores de tecnologia tanto em volume quanto em qualidade, com bom custo benefício.

 

5.º Obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns

3,54% de participação – US$ 4,4 bilhões

A indústria brasileira, apesar de ter crescido nos últimos anos, ainda é muito dependente da compra internacional de determinados itens.  Destinadas à indústria de transformação, as obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns também têm destaque nas importações brasileiras.

As principais origens das nossas importações são, nesta ordem, a China, os Estados Unidos, a Alemanha, a Argentina, o Japão, a Índia, a Coreia do Sul, a Itália e o México.

 

Estados em destaque no comércio internacional

Entre os estados mais exportadores do nosso país, estão São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em oitavo lugar nessa lista, aparece Santa Catarina. Em relação às importações, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina são os líderes.

Em 2020, o estado catarinense importou $16 bilhões, sobretudo em cátodos de cobre, ureia e dispositivos fotovoltaicos. Esses números impressionantes para aquele que é o 20.º maior estado brasileiro são explicados devido a uma boa rede rodoviária, autossuficiência local em portos e aeroportos, benefícios fiscais e vantagens tributárias para as empresas locais e mão de obra qualificada.

 

Chegamos ao fim deste post. Esperamos que ele tenha ajudado você a entender um pouco melhor do universo complexo e fascinante do comércio exterior e, assim, a identificar oportunidades. Nos nossos e-books, você encontra vários outros dados contextualizados que ajudam a compreender em que produtos e itens vale a investir no momento.

Localizada em Santa Catarina, a Open Market tem décadas de expertise nesta área tão complexa. Por isso, podemos ajudar as empresas brasileiras a fechar os melhores negócios no comércio exterior. Para saber mais e ter uma avaliação personalizada, entre em contato conosco agora mesmo.

 

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Até mais!

Open Market – Comércio Exterior

De acordo com o site da Receita Federal brasileira, a importação corresponde à entrada temporária ou definitiva, em território nacional de bens ou serviços, originários ou procedentes de outros países, a título oneroso ou gratuito. Por outras palavras, trata-se de tudo aquilo que é produzido em outra fronteira e entra no nosso país.

Por outras palavras, as importações são bens ou serviços estrangeiros comprados por cidadãos, por empresas ou pelo próprio governo de outro país. Não interessa quais sejam os produtos ou como são enviados. Assim como no caso de exportações, eles podem ser despachados, carregados em bagagem pessoal em um avião ou até mesmo enviados por e-mail.

Sabe os souveniers – vulgo “lembrancinhas” – que você comprou na sua última viagem internacional para presentear os amigos no Brasil? Então, esses produtos são resultado de uma importação. A regra é: se forem produzidos em um país estrangeiro e vendidos a residentes nacionais, serão itens importados.

 

A balança comercial designa tudo aquilo que foi importado e exportado em um determinado período em um país. As importações são, portanto, um componente importantíssimo dessa balança. Quando um país importa mais do que exporta, os economistas identificam isso como déficit na balança comercial. A situação contrária designa um superávit.

De acordo com dados do Ministério da Economia, em 2020, o Brasil exportou mais do que importou – a diferença correspondeu a cerca de US$ 51 bilhões. Mas nós também importamos muitos produtos.

Para sermos mais precisos, o nosso país é o 29.° maior importador do mundo, segundo dados do mesmo Ministério. Entre os principais produtos estrangeiros trazidos para solo nacional, estão óleos combustíveis de petróleo ou de minerais, adubos ou fertilizantes químicos e várias peças e produtos da chamada Indústria de Transformação.

 

Esse cenário tem consequências econômicas específicas. Neste post, explicamos quais são elas para que você fique por dentro deste universo tão complexo e, ao mesmo tempo, tão fascinante. Vem com a gente!

 

As importações e o déficit comercial

Como vimos na Introdução, se um país importa mais do que exporta, ocorre um déficit comercial; se, pelo contrário, ele importa menos do que exporta, temos um superávit comercial.

Podemos pensar que, para as economias, o ideal seria alcançar um “equilíbrio comercial” – ou seja, os números de importações e exportações serem semelhantes ou iguais. Com isso, todos os países conseguiriam ter controle na compra e na venda dos produtos em geral. Mas não é bem assim, e nós veremos cinco argumentos para explicar o porquê disso.

O que acontece, então, em caso de déficit comercial? Nesse caso, o país precisa tomar empréstimos de outros países para pagar pelas importações extras. Considere a seguinte analogia: o cenário de déficit é como o de uma família que está começando a vida. O casal precisa pedir dinheiro emprestado para comprar carro e casa – ou seja, a sua renda mensal não é suficiente para cobrir, de uma só vez, as despesas. Em um cenário ideal, esse jovem casal conseguirá equilibrar as contas e parará de contrair empréstimos.

Da mesma forma, um país não deve continuamente seguir pedindo empréstimos para financiar o seu déficit comercial. Em algum momento, com uma economia mais madura, esse país deve se tornar um exportador também. De forma geral, as exportações aumentam a produção econômica, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB). Elas criam empregos e aumentam os salários. Sob esse ponto de vista, um superávit comercial é mais saudável do que um déficit.

 

Em segundo lugar, as importações tornam um país dependente do poder político e econômico de outros países. Isso é especialmente verdadeiro ao se importar continuamente commodities. Sempre há risco envolvido no ato de se depender de uma potência estrangeira para manter a sua população alimentada e as suas fábricas funcionando. A qualquer momento, possíveis embargos deixarão o país na mão.

Em terceiro lugar, os países com altos níveis de importação devem aumentar suas reservas de moeda estrangeira. É assim que eles pagam as importações. Isso pode acabar afetando o valor da moeda nacional, a inflação e as taxas de juros.

Em quarto lugar, as empresas nacionais devem ser capazes de competir com empresas estrangeiras que importam bens e serviços semelhantes para seus negócios. Pequenos negócios que não conseguem competir acabam por ir à falência.

Por fim, as exportações ajudam as empresas nacionais a obter uma vantagem competitiva. Por meio da exportação, eles aprendem a produzir uma variedade de bens e serviços de demanda global.

 

A importância de importar

De todo modo, é inegável que as importações desempenham um papel importante na economia e representam uma vantagem competitiva para muitas empresas e negócios. O Brasil é um grande importador de bens de capital, como máquinas e equipamentos que são essenciais para a cadeia produtiva do país.

Muitas vezes, importar é o único recurso para ter acesso a determinadas tecnologias ou produtos. Foi isso mesmo que mostramos no nosso e-book “Máquinas: Passo a passo para ter equipamentos exclusivos”. A importação de maquinário – seja ele agrícola ou industrial – pode ser uma boa oportunidade para empresas de diferentes setores, tanto para aquelas que irão, de fato, usar esses equipamentos quanto para empresas que pretendem importar para revenda. Muitas vezes, essa é a única opção para ter acesso a tecnologias apenas disponível no estrangeiro.

A importação de alimentos e bebidas, como é azeites, chocolates, carnes, massas, queijos e vinhos, é a chance de levar produtos exclusivos para nichos de mercado que têm demanda crescente no Brasil. É exatamente isso que mostramos no nosso e-book “Importação de Alimentos: Passo a passo para ter produtos exclusivos”.

 

Se você quer aproveitar oportunidades e ingressar no comércio exterior, mas está perdido em relação aos procedimentos legais e burocráticos, veio ao blog certo. A Open Market tem décadas de expertise nesta área tão complexa, ajudando as empresas brasileiras a fechar os melhores negócios. Quer conhecer mais sobre o nosso trabalho? Entre em contato conosco agora mesmo para uma avaliação personalizada das suas necessidades.

 

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Até o próximo post!

 

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