Uma sensação muito comum quando se realiza uma transação internacional é a de que está pagando mais do que deveria.

Esse é um sentimento muito ruim, pois, nos traz a percepção de prejuízo ou de que estamos sendo enganados. Isso já aconteceu com você?

O fato é que isso ocorre por conta do desconhecimento sobre o que está se pagando. Ou de como funciona o processo de cobrança.

Você está pensando em viajar a passeio ou a negócios e não quer passar esse aperto? Então, saiba que além do IOF tem outro termo que você já deveria conhecer. O VET!

Neste artigo vamos lhe mostrar o que é o Valor Efetivo Total. Assim como ele é calculado e também onde você poderá cotá-lo a um valor mais baixo para economizar em sua próxima viagem.
Economizar é sempre bom, não é! Então, vamos começar!

Mas, antes de vermos o valor efetivo total…

Você sabe o que é e para que serve o câmbio?

Em resumo, o câmbio é o termo que diz respeito à conversão de uma moeda em outra.
Assim, ele ajuda a estabelecer um parâmetro de valorização entre a economia de dois países. Dessa maneira, a transação comercial entre eles ficam muito mais fácil.

O Banco Central é a instituição que regula e monitora essa taxa aqui no Brasil.

Dessa forma, ele divulga abertamente esse dado todos os dias para que as demais instituições credenciadas a ele possam, assim, ter um parâmetro sobre o real valor da moeda.

Então, você verá adiante que o VET considera a taxa de câmbio como argumento importante para seu cálculo.

Mas o que é o valor efetivo total?

O Valor Efetivo Total (VET), é o valor que você irá pagar ou receber em uma operação de câmbio. Ou seja, quando você comprar ou vender dólares.

Este valor é uma taxa sobre cada unidade de moeda estrangeira. Vale lembrar que ele é apresentado em real!

Ela foi aprovada na Resolução N° 4.198, de 15 de março de 2013, pelo Conselho Monetário Nacional e integrada a responsabilidade do Banco Central do Brasil (BACEN), para ser o órgão regulador.

Seu cálculo é bem simples! Vamos lhe mostrar como ele é feito. A seguir, mostraremos uma maneira simples de você descobri-lo sem precisar esquentar a cabeça. Veja!

Como calculá-lo

Basta aplicar a seguinte equação:

VET = (( Valor da Compra x Taxa de Cambio) + IOF + Tarifa)
( Valor da Compra)

  • Valor da Compra – É a quantidade de moeda estrangeira que será comprada ou vendida;
  • Taxa de Câmbio – É o somatório do câmbio comercial e o custo da transferência feita;
  • Tarifa – É a taxa cobrada pelo operador para usar o sistema de transferência internacional;
  • IOF – Imposto sobre operações financeiras.

Como consultar seu Ranking

Como responsável pela regulação de todas as operações de câmbio realizadas pelas diversas instituições financeiras, o Banco Central disponibiliza ao usuário um Ranking do VET.

Nele é possível calcular automaticamente o quanto cada instituição irá lhe cobrar. E, assim, escolher aquela que tem o valor mais em conta.

Para usá-lo é bem fácil, basta você adicionar os seguintes informações na ferramenta:

  • O tipo de operação você deseja fazer (Transferência ou viagens internacionais);
  • Se você quer vender ou comprar a moeda;
  • Qual a moeda você vai comprar ou vender;
  • Qual o formato da transação (Cartão ou em espécie);
  • Valor.

Feito isso, ela irá calcular o VET cobrado por cada instituição financeira, listando todas as que são autorizadas pelo BACEN. Assim, você conseguirá escolher a que mais lhe agrade.

A grande maioria das pessoas não conhece esse recurso.

Conclusão

Agora você sabe como calcular o VET e buscar as instituições com custo mais barato na operação de câmbio. Dessa forma, você terá maior tranquilidade sobre o que você pagou o recebeu.

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O comércio exterior está diretamente ligado ao desenvolvimento da economia do país. Já que o setor tem a capacidade de elevar a economia e abrir as portas para novos negócios com nações do mundo inteiro.

Países que possuem capacidade produtiva em certo produto, exportam para aqueles que precisam. Assim, nações que necessitam de bens que não podem produzir ou para suprir demanda interna, importam de seus parceiros comerciais.

Essa “troca” de mercadorias traz inúmeros benefícios socioeconômicos. Já que os recursos que entram no país são convertidos em investimentos.

No entanto, é preciso que o governo estimule o comércio exterior e ofereça infraestrutura, investimentos e desburocratização para as empresas exportarem mais.

O poder multiplicador do comércio exterior

  • Quanto maior o número de exportações, melhor para a economia interna e para balancear as importações que, às vezes, são altas.
  • O comércio exterior tem impacto positivo no Produto Interno Bruto (PIB).
  • As exportações de produtos envolvem toda uma cadeia produtiva até chegar ao seu destino final, como fornecedores de matéria-prima, indústrias e transporte.
  • Em cada etapa da produção, o que envolve outros setores, geração de emprego e renda.
  • Os consumidores ganham maior diversidade de produtos e serviços.
  • Maior alcance de mercados consumidores, contribuindo, assim, para o aumento da produtividade interna de setores interligados.
  • Competitividade internacional impulsiona pesquisa e estudos para alcançar o reconhecimento dos mercados consumidores.
  • Melhora nos processos de produção.
  • Formação de parcerias com fornecedores na exportação de matérias-primas.
  • Desenvolvimento de novas alternativas de produção.
  • Acesso a novas tecnologias, novidades e padronizações internacionais para ganhar mercado e exportar mais produtos.
  • O comércio exterior contribui para a especialização na produção e diferenciação nos negócios mundiais.
  • Desenvolvimento de oportunidades de negócios dentro de especialidades e peculiaridades do país, como o turismo.
  • Aproximação entre diferentes culturas proporcionada pelo comércio exterior, fator que também influencia e abre portas para oportunidades de negócios.
  • O comércio exterior é estratégico no combate à crise econômica.
  • Diferentes regiões do país se beneficiam de sua capacidade exportadora.
  • Escoamento de produtos internos em estoque e geração de mais lucro.
  • O avanço do comércio exterior e os seus desafios estimulam o governo a tomar novas e melhores decisões para que a economia continue a se desenvolver.
  • Cumprimento de regulamentação e políticas internacionais para a troca de mercadorias, principalmente no quesito sanitário e ambiental.

De fato, o comércio exterior é essencial para a economia do país e tem muito mais espaço para crescer com o fomento à presença das micro, pequenas e médias empresas nas exportações brasileiras.

O Sistema Integrado de Comércio Exterior, ou Siscomex, é uma ferramenta de administração criada pelo governo federal. Tem como função a integração de atividades de registro, acompanhamento e controle de operações de comércio exterior.

Instituído pelo Decreto nº 660 de 25 de setembro de 1992, o Siscomex passou a substituir os controles que antes eram feitos em papel, como declarações, carimbos e até mesmo assinaturas.

Assim, o fluxo único de informação segue procedimentos padronizados, o que organiza os registros dos intervenientes, sejam eles de origem pública ou privada.

 

Como acessar o Siscomex

 

O Portal Siscomex (http://portal.siscomex.gov.br/) é o meio eletrônico pelo qual é possível acessar sistemas, serviços, estatísticas e informações sobre o comércio exterior.

Desse modo, o objetivo do portal é concentrar essas informações e otimizar os processos burocráticos das atividades do setor.

Porém, pelo portal, o usuário também é direcionado para os sites de outros órgãos governamentais importantes.

Importante: o Sistema Novoex do Siscomex foi desligado e permitiu acesso a alguns códigos para inclusão de novos registros somente até 31 de agosto de 2018. Novos registros das demais operações passaram a ser realizados exclusivamente pelo Portal Único de Comércio Exterior.

 

Quem pode usar o Siscomex?

 

A Receita Federal define que os módulos do Siscomex Importação podem ser acessados por:

  • Aduana: servidores aduaneiros, como Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) e Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (ATRFB).
    • Secex, Bacen e anuentes: que atuam no controle administrativo e cambial.
    • Importador.
    • Depositário: responsável pelo Recinto Alfandegado (RA), depositário das cargas sob controle aduaneiro.
    • Transportador: de cargas do percurso internacional e/ou transportador de trânsito aduaneiro.

    Pessoas físicas e jurídicas podem solicitar habilitação para realizar operações de comércio exterior no Siscomex junto à Receita Federal.

    É possível que algumas operações dispensem a necessidade de habilitação, então é preciso avaliar quais as regras e os documentos exigidos.

    No caso de pessoa física: a permissão e habilitação para importação é apenas para uso e consumo pessoal.

    A Receita Federal observa que a pessoa física não pode importar mercadorias em quantidades que revelem prática de comércio.

     

    Como os órgãos governamentais intervenientes se classificam no Siscomex

     

    1. Gestores (administração, manutenção e aprimoramento do Sistema):
    • Secretaria da Receita Federal do Brasil – RFB: áreas aduaneira e tributária.
    • Secretaria de Comércio Exterior – SECEX, área administrativa.
    • Banco Central do Brasil – BACEN: áreas financeira e cambial.

     

    1. Anuentes, órgãos responsáveis pela autorização do processo de importação e exportação na etapa administrativa e comercial de determinados bens.

    Por exemplo:

    • Ministério da Agricultura.
    • Pecuária e Abastecimento.
    • Ministério da Saúde.
    • IBAMA.

     

    Quem são os usuários do Siscomex

    • Primeiramente, além dos órgãos da administração e anuentes, instituições financeiras autorizadas a operar em câmbio.
    • Instituições financeiras que autorizadas pela Secretaria de Comércio Exterior, podem conceder licença de importação.
    • Pessoas físicas e jurídicas que atuam no comércio exterior.

    Entre as vantagens, você que opera no despacho aduaneiro de importação ou exportação:

    • Ganha em simplificação dos processos e padronização das operações.
    • Diminuição do volume de documentos em papel.
    • Agilidade no processamento das informações e menos burocracia.
    • Sem contar na redução dos custos administrativos.

    Afinal, você já conhecia o Siscomex? Se pretende solicitar habilitação, é importante se informar sobre as regras e obrigações.