Quando se pensa em importar máquinas e equipamentos, é fundamental contar com um planejamento bem detalhado. Afinal, é preciso levar em consideração imprevistos e questões burocráticas que podem dificultar o processo.
Com isso em mente, resolvemos preparar um mini guia para te mostrar os primeiros passos e como criar este planejamento do zero. Assim, sua empresa fica protegida dos imprevistos e de custos desnecessários. Boa leitura!
O que é um planejamento logístico, afinal?
Antes de falarmos sobre como você pode fazer o seu planejamento logístico para importar máquinas e equipamentos, é importante relembrar o seu conceito.
O planejamento logístico é uma das etapas do planejamento aduaneiro, consistindo, portanto, em uma operação mais específica. Mas engana-se quem pensa que ele diz respeito apenas à escolha da estratégia de transporte de mercadorias.
Ele é responsável pela análise do cenário da compra das mercadorias. O objetivo do planejamento é identificar as melhores alternativas e coordenar a logística referente ao deslocamento dos produtos do ponto de saída ao de chegada.
Para isso, é necessário avaliar uma série de questões: modal de transporte, armazenamento das mercadorias, recebimento dos itens, exigências sanitárias, licenças, seguro de transporte de cargas, contato com fornecedores e assim por diante.
Dicas para um planejamento logístico para importação de máquinas e equipamentos
Quando falamos em planejamento logístico com foco na importação de máquinas e equipamentos, ele é de extrema importância. Afinal, é por meio dele que é possível evitar custos elevados, avarias e conseguir atender as expectativas de tempo para recebimento do maquinário.
Veja as dicas que separamos para tornar seu planejamento mais eficaz.
1 – Defina a responsabilidade com os custos da embalagem
O Incoterm é quem definirá as responsabilidades do importador e do exportador com os custos de embalagem, transporte e demais despesas dos equipamentos.
Por exemplo, no Incoterm FOB, o exportador se responsabiliza com o custo do transporte até a primeira murada do navio, incluindo-se os custos e despesas no porto de origem. Já no modelo Ex Works a responsabilidade de transporte e demais despesas na origem e destino são todos do importador.
Importante conhecer bem todos os Incoterms para planejar a parte de transporte que caberá a você importador, contratar.
2 – Verifique qual o modal de transporte a ser utilizado
É preciso conhecer os modais disponíveis e avaliar qual é o mais indicado para a situação. Por exemplo, os fretes aéreos são mais rápidos, porém mais caros. Os valores variam de acordo com o volume e peso da carga a ser transportada.
No caso de equipamentos relativamente pesados e de alto volume recomenda-se o transporte marítimo, mas nada impede que sejam transportados via aérea.
Após a chegada da máquina no porto ou aeroporto de destino, é necessário que a encomenda seja transportada até o seu destino, normalmente sendo feita de caminhões ou carretas. Isso torna a operação multimodal.
3 – Saiba para qual porto ou aeroporto a carga será destinada
Optar por portos ou aeroportos próximos ao destino da máquina é importante, pois reduz a distância de percurso entre o ponto de chegada e o endereço final, podendo significar redução de custos e tempo.
Entretanto, é interessante analisar as possibilidades de rotas e os custos para portos / aeroportos diferentes que possuem uma maior movimentação de carga para entender qual poderá atender melhor a sua necessidade. Algumas rotas para certos portos são mais escassas e demoradas, enquanto outras podem ser mais disponíveis em portos maiores trazendo economia de valores e tempo.
4 – Veja se a máquina será transportada inteira ou desmontada
Alguns equipamentos pelo tamanho podem vir todos desmontados ou já vir totalmente montados. Importante checar, pois muitas vezes, nos casos dos que precisam de montagem posterior, pode ser necessária a presença de um técnico especializado e até mesmo um técnico da empresa fabricante com expertise para tal.
Dependendo do tamanho do item ou itens, nos fretes marítimos, o equipamento pode vir em containers compartilhados. Porém para equipamentos maiores ou conjuntos de equipamentos, muitas vezes faz-se necessário carregá-los em contêineres de 20 a 40′ pés.
Algumas máquinas ultrapassam a altura limite de um contêiner comum e precisam de contêineres especiais como os de alta cubagem ou o flat rack, espécie de contêiner todo aberto que não possui o teto e as laterais.
5 – Verifique onde será realizada a retirada da máquina do contêiner
Algumas máquinas são mais frágeis, e a movimentação sem alguns cuidados pode trazer danos. Portanto, pode ser muito válido estudar qual a melhor opção de movimentação da máquina considerando os riscos, custos e benefícios para cada opção.
Lembre-se, a logística de máquinas e equipamentos pode ser bastante complexa e deve sempre ser planejada com antecedência e com todos os detalhes, evitando surpresas desagradáveis.
Como você percebeu, existem muitas variáveis que interferem no planejamento logístico, principalmente quando falamos na importação de máquinas e equipamentos.
Por isso, contar com uma equipe especializada, que conheça e entenda do processo é fundamental.
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