Nos últimos anos o comércio mundial precisou se adaptar rapidamente às mudanças causadas pela pandemia do COVID-19. Algumas delas foram prontamente absorvidas, entretanto, outras ainda estão em evolução, causando incertezas aos envolvidos no processo de importação e exportação.
Dentre essas mudanças, a grande utilização de tecnologias nos processos de comércio mundial deve permanecer. Além disso, a OMC está prevendo um aumento de 4,7% no volume das trocas comerciais em todo mundo, quando comparado aos 10,8% em 2021.
Isso cria um cenário desafiador para 2022, especialmente no Brasil com a chegada das eleições presidenciais de outubro. Veja, neste post, as 5 principais tendências para importação e exportação para o próximo ano e prepare-se.
1. Desburocratização de processos
No início do ano de 2021, algumas mudanças benéficas ocorreram com ações do governo para desburocratizar processos relacionados com importação e exportação, de forma direta ou indireta.
Uma das diversas ações implementadas pelo governo, foi centralizada no novo Portal Único de Comércio Exterior, com objetivo de reduzir custos operacionais e tempo de processo.
O portal centraliza informações para facilitar todo o processo de documentação e pagamentos, com foco em melhorar o ambiente de comércio de importação e exportação.
Outro ponto importante da desburocratização, é a redução de impostos em alguns setores, principalmente para importação de produtos de alguns segmentos.
2. Dólar e as eleições presidenciais de 2022
Em 2022, com as eleições presidenciais no Brasil, podendo haver turbulências no mercado interno, afetando grandemente a importação e exportação.
O principal obstáculo que as eleições podem impor é uma maior flutuação do dólar, que já está acima de R$ 5 e não mostra sinais que irá baixar a valores menores, principalmente durante a corrida eleitoral.
O cenário atual ainda auxilia em previsões pessimistas para 2022, como mostra o relatório FOCUS do Banco Central, no qual é esperado um crescimento de 0,7% para o PIB e balança comercial fechando em US$63 bilhões de dólares, ante os US$70 bilhões previstos para este ano.
Outro fator que contribui com a alta do dólar, são as dúvidas com as importações e exportações chinesas, visto o caso da empresa Evergrande, que geram incertezas no curto prazo, com possibilidades de calotes.
3. Internet das coisas
Em 2020 e 2021 muitos foram obrigados a migrar para o trabalho remoto, o que fez com que a demanda por tecnologias de comunicação aumentasse muito.
Neste aspecto, a demanda não se conteve a sistemas de comunicação, mas evoluiu para eletrodomésticos conectados à internet, chamado de internet das coisas. Esta demanda ainda continua e tende a aumentar para 2022.
Além disso, os índices de inflação no Brasil e no mundo, indicam que pode ocorrer uma desaceleração no consumo de commodities, pressionado pelos altos preços e a queda de renda das famílias.
Isso abre espaço para itens de tecnologia, como a internet das coisas, que continuam a crescer e conectar cada vez mais itens de casa.
4. Mudanças na logística
Um fator que impacta muito importações e exportações é o custo de transporte dos itens comercializados. No Brasil, por exemplo, a maior parte do transporte ainda é feito por rodovias.
Nas comercializações internacionais o fluxo do turismo que está em retomada após o início das vacinações ao redor do mundo, tende a gerar um ambiente amigável para o transporte aéreo.
Com isso, o tempo de transporte e até o custo tendem a baixar para produtos de importação e exportação que possam viajar em aviões, já que o custo de containers ainda está em alta e tende a se manter assim em 2022.
5. Incertezas por disparidade de vacinação.
Apesar de esforços de vacinação serem altos em diversos países, ainda existem muitos que estão enfrentando a pandemia com a população sem proteção contra a COVID-19.
Esta disparidade entre os países gera uma grande de incertezas para o comércio mundial em 2022, como mostra o relatório da OMC. Apesar de manter um crescimento do comércio mundial, em 2022 o crescimento esperado é menos da metade do crescimento de 2021.
Isso afeta diretamente importações e exportações, já que a confiança global pode reduzir devido às incertezas.
Conclusão
As mudanças geradas pelo COVID-19 ainda afetam o comércio global e estabilidade do mercado, com problemas ainda presentes na cadeia produtiva, como a produção de containers.
Estes efeitos agravam os custos e viabilidade de determinadas negociações, o que pode mudar a balança comercial para 2022 caso a China apresenta ainda alguma piora de cenário.
Fique atento a essas e outras mudanças e consulte sempre um especialista, como a Open Market para facilitar o comércio da sua empresa com as importações e exportações.
Open Market – Comércio Exterior