Em um mercado que movimentou mais de US$ 262 bilhões em importações em 2024, ter uma estratégia de importação eficiente deixou de ser diferencial e passou a ser requisito para sobreviver e crescer no cenário global.
A cada decisão tomada ao importar, seja a escolha do fornecedor, o modal logístico ou o regime tributário, há impacto direto no custo, na competitividade e na sustentabilidade do negócio.
Neste conteúdo, você vai entender como estruturar estratégias eficazes, reduzir riscos e transformar a importação em um ativo estratégico da sua empresa. Continue lendo!
Por que é importante desenvolver uma estratégia de importação?
O mercado brasileiro de importações é vasto e dinâmico. Em 2024, o país registrou importações no valor de US$262,5 bilhões, refletindo um aumento de 9% em relação ao ano anterior.
Esse cenário evidencia a crescente inserção do Brasil no comércio internacional e a ampliação das oportunidades de negócios globais.
No entanto, atuar nesse ambiente sem uma estratégia de importação bem definida pode expor as empresas a riscos significativos, como custos elevados, atrasos logísticos e inconformidades regulatórias.
Uma estratégia eficaz permite que as organizações naveguem por esse cenário complexo com maior segurança, otimizando processos, reduzindo despesas e garantindo o cumprimento das normas vigentes.
Além disso, uma abordagem estratégica possibilita a identificação de fornecedores confiáveis, a escolha de modais de transporte mais eficientes e a antecipação de possíveis barreiras comerciais.
Dessa forma, as empresas não apenas asseguram a continuidade de suas operações, mas também fortalecem sua competitividade no mercado, aproveitando as oportunidades que o comércio internacional oferece.
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Como estruturar uma estratégia de importação eficiente?
Antes de começar a importar, é fundamental enxergar o processo de forma estratégica.
Não basta encontrar um bom fornecedor ou negociar um bom preço, é preciso olhar o todo: custos ocultos, prazos, regulamentações, logística e tributos.
A estruturação correta evita prejuízos, aumenta a competitividade e traz sustentabilidade para o negócio no longo prazo. Entenda melhor:
Passo 1: Defina objetivos claros para a importação
Toda estratégia começa com uma pergunta: por que importar este produto?
Pode ser para reduzir custos, melhorar a qualidade, atender a uma demanda que o mercado interno não consegue suprir ou buscar diferenciação frente à concorrência.
Definir o objetivo central vai orientar todas as decisões seguintes, desde o país de origem da mercadoria até a escolha do regime aduaneiro ideal.
Importar com propósito é o que transforma uma ação operacional em vantagem competitiva.
Passo 2: Faça uma análise criteriosa dos fornecedores internacionais
A escolha do parceiro certo define o sucesso (ou fracasso) da sua operação. Avalie aspectos como:
- Confiabilidade e histórico de exportação;
- Capacidade produtiva e qualidade do produto;
- Cumprimento de prazos e padrões regulatórios;
- Flexibilidade para negociar prazos, condições e certificações.
Além disso, considere a localização geográfica. Países com acordos comerciais com o Brasil podem oferecer redução de impostos, e a proximidade pode influenciar nos custos e prazos logísticos.
Passo 3: Estude a tributação e escolha o melhor regime aduaneiro
O Brasil tem uma carga tributária complexa, mas também oferece regimes especiais que, se bem aproveitados, podem reduzir significativamente os custos da importação.
Aqui entram ferramentas como:
- Drawback (isenção de tributos para quem exporta);
- Entreposto aduaneiro (armazenagem sem pagamento de impostos);
- Linha Azul e regimes de ex-tarifários;
- Incentivos estaduais e possibilidades de ICMS diferenciado
Cada caso exige análise técnica para entender qual regime gera maior eficiência fiscal e financeira.
Passo 4: Estruture a logística internacional com visão de ponta a ponta
Não se trata apenas de escolher entre modal aéreo, marítimo ou rodoviário. Uma boa estratégia logística considera:
- Prazos de entrega compatíveis com o ciclo comercial da empresa;
- Seguro de transporte internacional;
- Custo total da operação (frete + armazenagem + desembaraço);
- Otimização do desembarque para reduzir tempo e custo portuário.
Nesse ponto, ter uma consultoria especializada garante fluidez operacional e evita gargalos críticos como demurrage, inspeções inesperadas ou falta de documentação.
Passo 5: Crie um plano de acompanhamento e gestão de riscos

Importar é um processo vivo. Variação cambial, mudanças na regulamentação, greves em portos ou novos entraves logísticos podem acontecer a qualquer momento. Por isso, é essencial monitorar KPIs e manter um plano de contingência ativo.
Indicadores como tempo médio de desembaraço, lead time logístico, custo por operação e índice de não conformidade documental devem ser acompanhados com rigor.
A gestão contínua garante a resiliência da operação e a manutenção da margem de lucro.
Como a Open facilita o processo de importação
Na Open, enxergamos a importação como um ecossistema, não apenas como um processo logístico.
Nosso diferencial está em conectar estratégia, tecnologia e execução em cada etapa, criando soluções sob medida para o seu negócio.
Atuamos desde o planejamento tributário e escolha do melhor regime aduaneiro até a otimização do desembaraço e suporte pós-entrega.
Com uma equipe multidisciplinar, oferecemos consultoria técnica, ferramentas digitais integradas (incluindo IA aplicada ao Comex) e inteligência de mercado para garantir menores custos, maior previsibilidade e total conformidade regulatória.
O resultado? Menos burocracia, mais fluidez, e uma operação internacional que funciona como extensão da sua empresa, com os mesmos padrões de excelência.
Estratégia de importação: perguntas frequentes
A seguir, respondemos algumas dúvidas comuns sobre como planejar e executar uma estratégia de importação eficaz:
Quais são os 3 tipos de importação?
Os três principais tipos de importação são:
- Importação por conta própria;
- Importação por encomenda;
- Importação por conta e ordem de terceiros.
Quais são os 5 fatores essenciais para a importação?
Os cinco fatores essenciais para uma operação de importação eficiente são:
- Planejamento tributário;
- Análise de fornecedores;
- Gestão logística;
- Análise de riscos;
- Compliance aduaneiro.
Quais são as 3 fases do processo de importação?
O processo de importação é dividido em três grandes fases:
- Planejamento e negociação;
- Despacho aduaneiro;
- Entrega e pós-venda.
Quais são as estratégias de entrada no mercado internacional?
As principais estratégias para entrar em mercados internacionais são:
- Exportação direta;
- Parcerias comerciais;
- Joint ventures;
- Licenciamento;
- Investimento direto no exterior.
Conclusão
Uma estratégia de importação eficiente é construída com dados, experiência e visão de longo prazo.
Vai muito além de trazer um produto de fora — envolve inteligência comercial, planejamento tributário, engenharia logística e domínio técnico.
Na Open, estruturamos tudo isso com ferramentas tecnológicas, time especializado e uma abordagem integrada que transforma o processo de importação em resultado direto para o negócio. Importar não precisa ser complexo, basta ter o parceiro certo ao lado.